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terça-feira, 28 de junho de 2011

Um pouco de Luis Fernando Veríssimo...

"Dez Coisas que Levei Anos Para Aprender

1. Uma pessoa que é boa com você, mas grosseira com o garçom, não pode ser uma boa pessoa.


2. As pessoas que querem compartilhar as visões religiosas delas com você, quase nunca querem que você compartilhe as suas com elas.


3. Ninguém liga se você não sabe dançar. Levante e dance.


4. A força mais destrutiva do universo é a fofoca.


5. Não confunda nunca sua carreira com sua vida.


6. Jamais, sob quaisquer circunstâncias, tome um remédio para dormir e um laxante na mesma noite.


7. Se você tivesse que identificar, em uma palavra, a razão pela qual a raça humana ainda não atingiu (e nunca atingirá) todo o seu potencial, essa palavra seria "reuniões".


8. Há uma linha muito tênue entre "hobby" e "doença mental".


9. Seus amigos de verdade amam você de qualquer jeito.


10. Nunca tenha medo de tentar algo novo. Lembre-se de que um amador solitário construiu a Arca. Um grande grupo de profissionais construiu o Titanic."
Luís Fernando Veríssimo


Compartilhando um pouco desse gênio, já que ando com preguiça de escrever...rsrs
Apreciem... 

quarta-feira, 15 de junho de 2011

A lua (agosto 2006)

Em homenagem ao eclipse lunar de hoje...
A lua...
Infinita, sublime. No céu, encantadora.
À noite, luar inexplicável. No céu, despertando volúpia.
E eu...
E eu aqui, beijando sua boca, quase ficando louca, buscando a atração sem explicação.
Química...
Alquimia da lua.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Invariável (junho 2011)

"Invariavelmente diferente. Decidida a não mais tocar aquele recanto sagrado, isolado pelo tempo e esquecido pela distância. Ela subiu pela última vez aqueles degraus. Lá de cima, contemplou a paisagem. Recostou-se no parapeito e lembrou-se da promessa da adolescência. Eram cinco. E certa vez também fizeram aquele caminho. Cada uma em seu lugar agora.
Quis percorrer todas as ruas. Quis sentir todos os cheiros e gostos novamente. Tudo agora! Quis chorar e sorrir todos os momentos. Conseguiu apenas sentar-se em um banco e rabiscar algumas poucas palavras.
Trazia em si tudo o que se passara. Teve vontade de colocar tudo aquilo em uma caixa e enterrar. Para sempre! Ou não. Talvez, daqui alguns anos, retornasse e revivesse as memórias. A sensação era tão estranha. Euforia, medo, certeza, paciência. Tudo se misturava. Já não tinha pressa. Mas queria viver logo a nova vida desenhada aos poucos diante dos pés.
Distante. Ficara para trás num repente. Apenas o novo enxergava. Apenas o novo apresentava. Apenas o novo satisfazia. Mesmo assim, parou e fitou longe aquela cena. Escutou longe aquele barulho. Sentiu na boca aquele gosto. E o coração disparou como todas as vezes.
Tudo aquilo em uma caixa e enterrar. Tudo. Menos ele. Ele não. Ela o levaria consigo. O mundo é pequeno e estranho. Eles ainda hão de encontrar-se. Talvez sem se reconhecerem. Mas hão de encontrar-se. As lembranças ainda nela tão vivas. Todavia, não há de ser agora. É para depois. Sem pressa. Tudo é um círculo. Agora é para o novo, a euforia.
Os degraus. Olhou para baixo. Voltou-se e contemplou novamente a paisagem. Não tocaria mais aquele recanto sagrado. Fechou os olhos e viu cinco amigas fazendo promessas iguais àquela. Não iriam cumprir. Desceu pela última vez aqueles degraus. Colocou tudo em uma caixa e enterrou. Tudo, menos ele! Ela o levaria consigo. Invariavelmente, diferente."