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sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Sobre você (outubro 2012)


Então você veio. E quem disse que eu queria? Queria não.
- É amor? – questionaram-me. - Sei não, se não for, vai ser dos melhores amigos que alguém pode ter, respondi.
E eu continuava não querendo. Era diferente. Queria não. Que afinidade besta, meu Deus! Nunca vi nada parecido.
Não tive como fugir. Você veio, entrou na minha vida tão pequena e fez a revolução. O início foi inusitado. E eu sucumbi em meio a tanta expectativa. Porém, as coisas mudaram tanto! Se eu achei ruim tanta mudança? Achei não. Assim é que é bom. É dos melhores amigos que uma pessoa pode ter.
É tão bom que chega a ser surreal. Já lhe disseram isso? É assim para todo mundo, eu sei. É que aqui é diferente. Alegra tanto, tanto meu dia! Colore tanto, tanto meu sorriso. É amor? Sei não. Sei sim. É sim. Mas é diferente demais para explicar. É aquele amor de querer bem. De fazer bem. Não é de ficar junto não. É melhor. É de verdade.
Mesmo sem a presença física todo dia. Se eu tô na lista de “best friends”? Ah, penso que não, hein? Mas, eu não me importo não. É dos melhores amigos que uma pessoa pode ter. Aquela tal afinidade besta.
É tanta coisa boa. Risada espontânea. Livro bom. Música boa. Conversa boa.
Se eu queria conviver mais? Ah não, do jeito que tá é que tá bom!
Eu queria fazer um poema daqueles, sabe? Uma ode talvez, mas não deu não. Isso é coisa de amor romântico. Não cabe aqui.
Tô confundindo não. É só meu jeito de dizer que gosto muito de você. Oxalá seja longa essa parceria.
Quero mais que isso não. Só compartilhar ideias. Sorrisos bobos. Segredos divididos. Sei não, cabe um pouquinho de mim aí?
É daquelas pessoas diferentes, sabe? Que todo mundo deveria conhecer.
Queria não. Ainda bem, eu mudei de ideia. Foi a tal afinidade. Dá pra ignorar não.
Sei não. Cabe um pouquinho de mim aí? Aqui cabe um montão de você. É diferente. Eu tô falando é de verdade.

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