Então você veio. E quem disse que eu queria? Queria não.
- É amor? – questionaram-me. - Sei não, se não for, vai ser
dos melhores amigos que alguém pode ter, respondi.
E eu continuava não querendo. Era diferente. Queria não. Que
afinidade besta, meu Deus! Nunca vi nada parecido.
Não tive como fugir. Você veio, entrou na minha vida tão
pequena e fez a revolução. O início foi inusitado. E eu sucumbi em meio a tanta
expectativa. Porém, as coisas mudaram tanto! Se eu achei ruim tanta mudança?
Achei não. Assim é que é bom. É dos melhores amigos que uma pessoa pode ter.
É tão bom que chega a ser surreal. Já lhe disseram isso? É
assim para todo mundo, eu sei. É que aqui é diferente. Alegra tanto, tanto meu
dia! Colore tanto, tanto meu sorriso. É amor? Sei não. Sei sim. É sim. Mas é
diferente demais para explicar. É aquele amor de querer bem. De fazer bem. Não é
de ficar junto não. É melhor. É de verdade.
Mesmo sem a presença física todo dia. Se eu tô na lista de
“best friends”? Ah, penso que não, hein? Mas, eu não me importo não. É dos
melhores amigos que uma pessoa pode ter. Aquela tal afinidade besta.
É tanta coisa boa. Risada espontânea. Livro bom. Música boa.
Conversa boa.
Se eu queria conviver mais? Ah não, do jeito que tá é que tá
bom!
Eu queria fazer um poema daqueles, sabe? Uma ode talvez, mas
não deu não. Isso é coisa de amor romântico. Não cabe aqui.
Tô confundindo não. É só meu jeito de dizer que gosto muito
de você. Oxalá seja longa essa parceria.
Quero mais que isso não. Só compartilhar ideias. Sorrisos bobos.
Segredos divididos. Sei não, cabe um pouquinho de mim aí?
É daquelas pessoas diferentes, sabe? Que todo mundo deveria
conhecer.
Queria não. Ainda bem, eu mudei de ideia. Foi a tal
afinidade. Dá pra ignorar não.
Sei não. Cabe um pouquinho de mim aí? Aqui cabe
um montão de você. É diferente. Eu tô falando é de verdade.
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