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quarta-feira, 30 de abril de 2014

Mero (abril 2014)

Sabe, eu queria muito acreditar que vai dar certo. Mas, não vai. Eu sei. Lá no início, sem enlouquecer, era tão fácil encontrar a verdade. E eu insisti na dúvida.

É, eu faria de você o meu melhor companheiro e te levaria pra todos os rocks do mundo. Sim, eu levaria. E nós cantaríamos, desafinados, Pearl Jam a noite toda. E sentaríamos em um banco qualquer e conversaríamos sobre nada. E eu gargalharia de todas as suas frases soltas sem efeito. E diria pra você escrever corretamente. E me encantaria com a sinceridade infiltrada no seu olhar.

Nós dividiríamos, tranquilos, aquela boa cerveja. E aquele bom chocolate.

E eu respiraria fundo pra te ter aqui, bem aqui, só pra te acordar de manhã e ouvir você dizer que já estava acordado. E escutar sua voz rouca e suave reclamando do meu silêncio. Mirar meus olhos verdes nos seus olhos verdes e dizer que os meus são sim seus.

E estaria bem perto da sua boca. O beijo ou o sorriso? É que são os dois tão perfeitos!

Eu me apaixonaria. Sem medo. E eu gostaria tanto, tanto que seria amor.

Mas, é que o futuro não pertence ao passado. E o passado não pertence ao futuro.

Sabe, eu acredito muito que vai dar certo. Mas, essa certeza... ah, ela me corrói!