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sábado, 13 de abril de 2013

Sobre um dia frio e cinza (abril 2013)


Como companheiros: um relógio, um celular e um computador. E um quarto frio e cinza em um dia qualquer de abril. Lá fora grita o rock, mas ela preferiu seu silêncio barulhento. Não quis encarar o mundo sozinha mais uma vez. 


As ideias pulam e nunca consegue organizá-las. Misturam-se a sorrisos e lágrimas que encontrou na gaveta. Por que não jogou fora tudo isso?

 

Alguns livros, cadernos, fotos, anotações. A vida mesmo. Paralela ao universo. Paralela a tudo que corre agora. Era sobre amores e amigos. Nunca separou os dois. Ora, não é tudo a mesma coisa no fim das contas? Não se tratam os dois de amor? Por que o amor não é a mais bela desordem?

 

Chocolate, vinho e aquela boa cerveja. Blues, a trilha sonora daquele bom filme e Pearl Jam. Melhor jogar tudo isso fora, antes que alguém resolva aparecer para buscar.

 

Não acreditou em tudo que leu e nunca disse. Não acreditou que a vida passou tão rápida e ela não acompanhou as mudanças. Não acreditou que tudo aquilo ainda tivesse importância.

 

Separou tudo. Ainda não era tempo de se desfazer do universo paralelo. Organizou as coisas, nunca as ideias, e guardou um espaço para o que estava por vir.

 


O barulho do relógio. O celular sem nenhuma chamada. O computador desligado. E o quarto frio em um dia qualquer de abril. Lá fora, grita o rock...