Mero (abril 2014)
Sabe,
eu queria muito acreditar que vai dar certo. Mas, não vai. Eu sei. Lá no início, sem enlouquecer, era tão fácil encontrar a verdade. E eu insisti
na dúvida.
É, eu faria de você o meu melhor companheiro e te levaria
pra todos os rocks do mundo. Sim, eu levaria. E nós cantaríamos, desafinados,
Pearl Jam a noite toda. E sentaríamos em um banco qualquer e conversaríamos sobre
nada. E eu gargalharia de todas as suas frases soltas sem efeito. E diria pra você
escrever corretamente. E me encantaria com a sinceridade infiltrada no seu
olhar.
Nós dividiríamos, tranquilos, aquela boa cerveja. E aquele
bom chocolate.
E eu respiraria fundo pra te ter aqui, bem aqui, só pra te
acordar de manhã e ouvir você dizer que já estava acordado. E escutar sua voz
rouca e suave reclamando do meu silêncio. Mirar meus olhos verdes nos seus
olhos verdes e dizer que os meus são sim seus.
E estaria bem perto da sua boca. O beijo ou o sorriso? É que
são os dois tão perfeitos!
Eu me apaixonaria. Sem medo. E eu gostaria tanto, tanto que
seria amor.
Mas, é que o futuro não pertence ao passado. E o passado não
pertence ao futuro.
Sabe, eu acredito muito que vai dar certo. Mas, essa
certeza... ah, ela me corrói!
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