Páginas

domingo, 14 de outubro de 2012

Mario Vargas Llosa

Depois de muito tempo sem a tag "Autores e obras", me vi "obrigada" a "divulgar" esse camarada peruano. Conhecia não, confesso. Me senti um ser inferior quando informada por um grande amigo que o tal escritor ganhara o Nobel de Literatura em 2010. Pesquisei. Queria saber, ué! Encantei-me! Queria ler o livro que meu amigo comprara. Atormentei tanto o citado grande amigo que ele não teve outra alternativa, senão me emprestar o livro. E claro, com meu feeling "artístico-libriano" apurado, eu acertara: um gênio! Mario Vargas Llosa honra o Nobel de Literatura que ganhou. Confiram! Oh sim, o nome do livro que encantou-me? Travessuras da menina má, sugestivo, não?


Mario Vargas Llosa


Sua obra critica a hierarquia de castas sociais e raciais, vigente ainda hoje, segundo o escritor, no Peru e na América Latina. Seu principal tema é a luta pela liberdade individual na realidade opressiva do Peru. A princípio, assim como vários outros intelectuais de sua geração, Vargas Llosa sofreu a influência do existencialismo de Jean Paul Sartre.

Muitos dos seus escritos são autobiográficos, como "A cidade e os cachorros" (1963), "A Casa Verde" (1966) e "Tia Júlia e o Escrevinhador"(1977). Por A cidade e os cachorros recebeu o Prêmio Biblioteca Breve da Editora Seix Barral e o Prêmio da Crítica de 1963. Sua obra seguinte, A Casa Verde mostra a influência de William Faulkner. O romance narra a vida das personagens em um bordel, cujo nome dá título ao livro. Seu terceiro romance, Conversa na Catedral publicado em quatro volumes e que o próprio Vargas Llosa caracterizou como obra completa, narra fases da sociedade peruana sob a ditadura de Odria em 1950.
No ano de 2006 Llosa publicou o livro “Cartas a um jovem escritor”, a obra não literária é uma espécie de guia para jovens escritores, mas não se trata de um livro sobre as técnicas desse ofício, mas sim as técnicas do romance. Em uma série de capítulos escritos como se fossem cartas a um jovem ávido por conhecimento da profissão, Llosa discorre sobre o que é imprescindível a criação de um livro. O autor começa afirmando que todas as histórias se alimentam da vida de seu criador, como um “Catoblepas”, que devora a si mesmo, criatura que aparece no livro de Flaubert. Llosa menciona outras obras durante todo o livro. Aborda também o estilo, que deve ser coerente com a história contada, e fazer o leitor viver a obra sem notar que está lendo.
Em 7 de outubro de 2010 foi agraciado com o Prêmio Nobel da Literatura pela Academia Sueca de Ciências "por sua cartografia de estruturas de poder e suas imagens vigorosas sobre a resistência, revolta e derrota individual". O presidente do Peru na época, Alan García, considerou o prêmio a Llosa como "um reconhecimento a um peruano universal".

Obras:
  • Os Chefes (1959)

  • A cidade e os cachorros (Brasil) // A Cidade e os Cães (Portugal) ("La ciudad y los perros") (1963)

  • A Casa Verde (1966) (Premio Rómulo Gallegos)

  • Os Filhotes (1967)

  • Conversa na catedral (Brasil) // Conversa n'A Catedral (Portugal) (1969)

  • Pantaleão e as visitadoras (1973)

  • Tia Júlia e o escrevinhador (Brasil) // A Tia Júlia e o Escrevedor (Portugal) (1977)

  • A Guerra do Fim do Mundo (1981)

  • Historia de Mayta (1984)

  • Quem matou Palomino Molero? (1986)

  • O falador (1987)

  • Elogio da madrasta (1988)

  • Lituma nos Andes (1993). Premio Planeta

  • Os cadernos de Dom Rigoberto (1997)

  • A festa do bode (Brasil) // A Festa do Chibo (Portugal) (2000)

  • O Paraíso na Outra Esquina (2003)

  • Travessuras da Menina Má (2006)

  • O Sonho do Celta (2010) 

  • A menina de Tacna (1981)

  • Kathie e o hipopótamo (1983)

  • La Chunga (1986)

  • El loco de los balcones (1993)

  • Olhos bonitos, quadros feios(1996)

  • García Márquez: historia de un deicidio (1971)

  • Historia secreta de una novela (1971)

  • La orgía perpetua: Flaubert y «Madame Bovary» (1975)

  • Contra viento y marea. Volume I (1962-1982) (1983)

  • Contra viento y marea. Volume II (1972-1983) (1986)

  • La verdad de las mentiras: Ensayos sobre la novela moderna (1990)

  • Contra viento y marea. Volumen III (1964-1988) (1990)

  • Carta de batalla por Tirant lo Blanc (1991)

  • Desafíos a la libertad (1994)

  • La utopía arcaica. José María Arguedas y las ficciones del indigenismo (1996)

  • Cartas a un novelista (1997)

  • El lenguaje de la pasión (2001)

  • La tentación de lo imposible (2004)

  • Sabres e Utopias (2009)

Nenhum comentário:

Postar um comentário