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quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Palavras (outubro 2012)



Hoje eu tive que escrever, para calar essa vontade de gritar a sua importância em minha vida. Tive que inventar versos, buscar poesia. Explicar para esse coração bobo que você vive em mim de uma forma tão diferente do convencional que não dá mesmo para explicar.

Revirei os livros. Desfiz os playlists. Observei outras cores. E seu rosto lá, em todas as possibilidades.

Rezei para não querer-te. Pedi que tudo fosse diferente. Se ao menos você imaginasse...

Perguntaram pelo meu amor, pensei em você.

Diante de tanto, tive que matar toda essa vontade de me fazer bem. É tão estranho, é tão perfeito. E nunca será o que um dia foi... Tão pequeno e tão verdadeiro.

Apelei então. Recorri às palavras. Elas me ajudam às vezes. Colocam as coisas para funcionar. Falam-me, leves, o que eu preciso saber. Suaves, elas gritaram. Palavras. Fale, ordenaram-me! E de novo, calei-me dizendo besteiras.

Assim tudo parece perfeito! E, se ele pensar da mesma forma?

Que a vida se encarregue de colocar-nos sempre no mesmo caminho então. Porque eu pretendo escrever, toda vez que sentir essa vontade de gritar a sua importância em minha vida.

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