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terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Luz (outubro 2008)

E então fez-se  o silêncio na noite escura, tardia.
Sobre a escrivaninha as mesmas lembranças em desordem, corroendo a memória e inquietando a vida.
Um olhar atento e nada mais. Um olhar. O olhar. Único. Captando coisas que só a ela interessavam. Só a ela faziam sentido. Nem adiantaria explicar, ninguém entenderia. Coisas tão subjetivas quanto um texto escrito às pressas sob a penumbra.
Uma fresta de luz quebra a escuridão da noite. Daqui a pouco, quebrará também o silêncio e invadirá a vida sem pedir licença.
Ela era aquele pouco de luz. Apenas não sabia quando quebraria toda a escuridão e invadiria a vida. Sem pedir licença.

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